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Rede Subterrânea de Energia

Redes subterrâneas de energia substituem cabos aéreos por uma infraestrutura segura, organizada e resiliente, reduzindo falhas por intempéries, melhorando a paisagem urbana e facilitando a manutenção planejada. Com caixas de passagem modulares em polipropileno técnico 100% reciclado, dutos corretamente selados e um memorial geotécnico bem executado, o resultado é uma rede com disponibilidade elevada, obra enxuta e indicadores ESG mensuráveis desde o transporte até a operação.

Por que migrar para rede subterrânea
• Confiabilidade: menor exposição a vento, queda de árvores e vandalismo.
• Segurança: redução de acidentes e contatos acidentais; inspeções em pontos controlados.
• Urbanismo: eliminação de “teias” aéreas e maior liberdade para mobilidade e arborização.
• O&M previsível: inspeções por agenda, câmaras acessíveis e documentação padronizada.
• ESG: logística leve, reuso de componentes e % de reciclado auditável.

Arquitetura típica da solução
• Dutos e eletrodutos: PVC/PEAD corrugado com selagens por risco (poeira/água/roedores) e raios mínimos preservados.
• Caixas de passagem: Stander Box dimensionadas por densidade de dutos e função (inspetor, derivação, mudança de direção).
• Cabos e conexões: especificados por tensão/corrente, com emendas em ambiente controlado dentro das câmaras maiores.
• Aterramento e equipotencial: barramentos acessíveis, conexões limpas e malha conforme projeto.
• Identificação e GIS: marcação de rotas, tampas identificadas e cadastro georreferenciado.

Seleção de caixas por cenário
• Nós leves e mudanças de direção com baixa densidade: Stander 50–60.
• Derivações médias e inspeções recorrentes: Stander 60–75.
• Corredores com alta densidade/curvaturas críticas: Stander 75–100 ou 600×800.
• Câmaras para emendas/derivações complexas e vias com manutenção: 600×1000 R2.
• Solicitações superiores ou ambientes industriais: considerar Fubox conforme esforço e norma aplicável.

Classe de carga e entorno
• Calçadas/passeios: classe para pedestres e serviços leves.
• Vias coletoras/locais: classe para veículos leves e manutenção.
• Vias arteriais/indústria: classes superiores e confinamento lateral reforçado.
• Lembrete: tampa correta sem base/entorno adequados falha; projeto e execução caminham juntos.

Estanqueidade e proteção
• Poeira: vedações e passagens com grommets e buchas; inspeção periódica em zonas áridas.
• Água: caimentos, alívios e kits de vedação; evitar bolsões e lençol pressionando a caixa.
• Antivandalismo: travas/fechos onde o risco justificar; identificação gravada dificulta desvio.

Curvaturas, raio mínimo e ordenação
• Planejar raios mínimos por seção/tipo de cabo; evitar “quebras” que elevam perdas e aquecimento.
• Organizar dutos por camadas e rotular; reservar caminhos para futuras ampliações.

Execução passo a passo (referência)

  1. Levantamento e projeto executivo: traçado, interferências, carga prevista por trecho, memorial geotécnico e drenagem.

  2. Valas e berço: profundidade conforme norma/local, base granular com compactação por camadas, drenagem do entorno.

  3. Dutos e curvaturas: lançamento sem esforços excessivos, selagens e cruzamentos em 90° quando inevitáveis.

  4. Caixas: posicionar por esquadro/cota, conferir vão/rebaixo/apoio, tirar prumo/esquadro e executar entorno.

  5. Aterramento e equipotencial: barramentos e pontos de inspeção; medições de continuidade/resistência.

  6. Cabos e conexões: puxada com lubrificante adequado, raios mínimos, emendas em câmaras preparadas.

  7. Fechamento e tampas: vedação conforme risco e classe de carga; antiderrapante quando aplicável.

  8. Comissionamento: estanqueidade, continuidade, termografia de referência, as-built com fotos e coordenadas.

Operação e manutenção
• Rotina: inspeções visuais, verificação de vedações, reapertos de fechos, limpeza e testes de aterramento.
• Pós-evento: checagem após chuvas intensas, alagamentos e intervenções de terceiros.
• Preditiva: termografia periódica em emendas/derivações críticas e registro de correntes de carregamento.

TCO e indicadores de direção
• Tempo de ativação por frente; custo por ponto de acesso; disponibilidade da rede; incidência de infiltração; CO₂ logístico; % de reciclado; tempo médio de reparo.
• Ganhos típicos: janelas de interdição menores, menor retrabalho e padronização de sobressalentes.

Erros comuns (e como evitar)
• Executar como se fosse concreto: geometria, dilatação e fixações são outras; seguir guia de instalação Fuplastic.
• Nivelamento deficiente: gera ruído/folgas e infiltrações; planicidade do apoio é inegociável.
• Subestimar drenagem: água parada compromete qualquer sistema; projetar alívios e caimentos.
• Cortes improvisados nos painéis: usar passagens gabaritadas e kits corretos; nada de “ajustes” em campo.
• Sem documentação: sem as-built e GIS, O&M perde eficiência e a auditoria ESG enfraquece.

Checklist de especificação (copie e use)
• Tensão/carga por trecho e fator de simultaneidade.
• Classe de carga da tampa por via/risco e antivandalismo.
• Dimensões da caixa (vão/rebaixo/apoio/altura útil) e densidade de dutos.
• Estanqueidade: poeira/água e kits de vedação.
• Curvaturas: raios mínimos e reservas para expansão.
• Drenagem do entorno e caimentos do leito.
• Aterramento e equipotencial: barramentos, conexões e medições.
• Identificação e GIS: rotas, tampas e coordenadas.
• O&M: frequência de inspeção, sobressalentes e SLAs.
• ESG: % de reciclado, CO₂ logístico/obra, reuso de componentes.
• Documentos: fichas técnicas, guia de instalação, memorial geotécnico e as-built fotográfico.

FAQ — 20 perguntas e respostas

  1. Rede subterrânea é sempre mais cara? O CAPEX pode ser superior em alguns cenários, mas o TCO tende a cair pela confiabilidade e O&M previsível.

  2. O PP reciclado aguenta calor e tráfego? Sim, com classe de carga correta, base nivelada e entorno confinado.

  3. Precisa de base de concreto? Geralmente não; berço granular e compactação por camadas atendem, conforme memorial.

  4. E a maresia? O PP é imune à corrosão; vedações e ferragens adequadas completam a proteção.

  5. Como evitar infiltração? Planicidade, alívios, selagens corretas e inspeções periódicas.

  6. Posso fazer retrofit no lugar do concreto? Em muitos casos, sim; validar vão, rebaixo, apoio e drenagem.

  7. O que define a classe de carga? Tráfego esperado e risco da via; a seleção depende tanto da tampa quanto do entorno.

  8. Preciso de tampas antivandalismo? Onde o risco justificar; travas/fechos e identificação gravada ajudam.

  9. Como dimensionar curvaturas? Respeitar raios mínimos dos cabos e usar organizadores; evitar ângulos “no limite”.

  10. A tampa faz ruído? Não, se apoio/planicidade/vedações estiverem corretos e o entorno estiver confinado.

  11. É possível sensoriar as caixas? Sim; janelas técnicas permitem IoT (temperatura, abertura, água).

  12. Qual o lead time típico? A produção/modulação é acelerada; confirme janelas do projeto com a equipe.

  13. Como reportar ESG? % de reciclado, CO₂ de transporte/obra e dossiê fotográfico da obra limpa.

  14. A rede esquenta mais no subterrâneo? A engenharia considera ampacidade e dissipação; termografia acompanha pós-ativação.

  15. As caixas suportam veículos pesados? Com classe e execução certas; use tipologias e entorno compatíveis.

  16. E se o terreno encharcar? Drenagem e caimentos precisam ser parte do projeto; evite bolsões crônicos.

  17. A manutenção é complexa? Pelo contrário: inspeções rápidas e padronizadas diminuem tempo fora de serviço.

  18. Dá para padronizar por cidade/campi? Sim; especificações replicáveis com ajustes por via/risco.

  19. Como lidar com interferências? Mapeamento prévio, cruzamentos a 90° e sinalização; GIS ajuda a evitar conflitos futuros.

  20. Próximo passo? Envie traçado, tráfego, densidade de dutos, memorial geotécnico e metas de SLA — retornamos com proposta técnica, timeline e estimativas.